Obstáculos de inclusão digital em pleno século XX

O Brasil é um país de tantas diferenças econômicas e sociais, que qualquer iniciativa que vise reduzir o chamado vão social e promova a cidadania é bem-vinda, o que torna os projetos de inclusão digital extremamente necessários . Quando o assunto é promover a inclusão social de indivíduos carentes e desassistidos através do uso do computador e da internet, ainda é preciso superar desafios como o despreparo técnico e a tendência ao assistencialismo.

A inclusão digital sustentável tem um modelo em que as pessoas alcançadas possam ser gestores e educadores, fundamental para gerar projetos com continuidade real. Quando se pensa efetivamente de forma global, a inclusão digital gera resultados rápidos, impactantes de inclusão social. Em relação aos nossos alunos, o laboratório de informática na escola trava novos desafios, exigindo novas funções e representando uma transformação ampla, que vai além do processo ensino aprendizagem, preparando os cidadãos de forma plena para viver no novo milênio, comunicando-se com o mundo e assumindo o comando de suas vidas. Enfim, participando de forma ativa e efetiva na sociedade.

No que se refere ao professor e à inclusão digital, faz-se necessário que o mesmo desenvolva competências de formular questões, planejar, desenvolver e documentar seu projeto de pesquisa. A prática e a reflexão sobre a própria prática são fundamentais para que os educadores disponham de amplas e variadas perspectivas pedagógicas em relação aos diferentes usos da informática na escola. Fomos criados com medo da tecnologia. Sem dúvida, a próxima geração de educadores deverá ter mais facilidade com a informática e quem não conseguir, vai ficar às margens dos próprios alunos. Com isso, se exige do professor uma preparação e atualização, com o intuito de fornecer as ferramentas para motivar o aluno e ajudá-lo a produzir seu conhecimento. AS aulas expositivas, o papel, a pesquisa de campo, os trabalhos de laboratório, as consultas na web são recursos complementares, que devem ser utilizados de maneira integrada e inteligente. Exatamente o que se faz na educação convencional, que desperdiça o de mais precioso de todos os recursos - o professor – fazendo dele mero fornecedor de informações, quando deveria ser um organizador de situações de aprendizagem.

Em resumo, o assunto tecnológico não se esgota, quando se trata de sua aplicabilidade na educação. Já dizia Belloni (1999, p.53) que toda tecnologia em qualquer situação do processo ensino aprendizagem deve ser acompanhada da reflexão sobre o que realmente existe por trás dela. Não devemos esquecer que a tecnologia é um meio e não um fim em si mesma. Nosso fim é a educação, o desenvolvimento de nossos alunos e é isso que não podemos perder de vista.